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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Skateboard ! The Return...


                       Olá leitores do blog. Depois de mais de dez anos sem andar de skate, à alguns meses resolvi graças a muitas "sessões" de conversa com minha amiga e colaboradora do blog Daniela Esquievel a andar de skate. Pois bem, apesar de ambos estarem extremamente enferrujados, já desbravamos algumas "sessions" (termo utilizado para nomear o momento em que se anda de skate em conjunto com os amigos) em alguns  bons lugares para se andar em São Paulo, que são o parque do Ipiranga e na pista do Sumaré. Hoje um feriado de sol regado a muitas tentativas (sim apenas tentativas !) de drop no Sumaré e com muito skate punk e thrash metal nos fones de ouvido, estamos de volta as pistas ! Separei pra vocês um breve histórico da modalidade, um video de um grande icone do skate mundial, Mr. Tony Alva, assim como resumo de duas das suas categorias que são as minhas preferidas. Um grande abraço à todos.

C. Maffra, Helder Tisso e Daniela Esquivel on "session"


Histórico:
Ainda não se sabe exatamente quando apareceu o skate, mas podemos dizer que foi no princípio dos anos 60 na Califórnia. Era em uma época aonde reinava o surf e a curtição total sobre uma prancha, mas como as coisas nunca davam certo aqueles mesmos surfistas pegaram as rodas de seus patins, e colocaran em "shapes", para que assim pudessem surfar em terra firme.

Os skates eram muito primitivos, não possuiam nose nem tail, era apenas uma tábua e quatro rodinhas. O crescimento do 'surf no asfalto' se deu de uma maneira tão grande que muitos dos jovens da época se renderam ao novo esporte chamado 
skate. Surgiam então os primeiros skatistas da época.

Era uma época onde o free style dominava, os skatistas usavam e abusavam deste tipo de manobra. No ano de 1965 se comercializaram os primeiros skates fabricados industrialmente e começaram as primeiras competições. Esse esporte então teve seu auge em meados dos anos 70, quando ocorreu um fato que chocou a maior parte de todos os skatistas: a revista "Skateboarder", uma das mais importantes sobre o assunto, anunciou a sua mudança de planos, agora cobrindo assuntos sobre competicões de Biker's.

Foi quando se deu a 'morte' do skate. Muitas pistas fecharam, e muitos abandonaram o esporte, apenas ficando os que realmente gostavam. Esses skatistas - que perderam suas pistas, suas revistas, e tudo que era a respeito deles - lançaram-se a andar nas ruas, usando tudo que achavam no cotidiano como obstácul. Daí se deu o street skate.
Anos 70
Lá pelos anos 70 houve o racionamento de água nos EUA, e muitas pessoas tiveram que esvaziar suas piscinas. Foi aí que os skatistas perceberam que essas piscinas vazias poderiam ser ótimos obstáculos. Surfia assim o 'skate vertical'.
Anos 80
Nos anos 80 o skate volta ao seu auge, com a inovação dos skates, e a utilizacao das pistas em "U" - os half pipes. O skate retorna às suas origens de muitos adeptos, e com o aparecimento de vários nomes do skateboard mundial: Steve Caballero, Tony Alva, Tom Sims, entre outros contrubuiram e muito para o progresso do skate.










Vert ou Vertical









Half-Pipe.
Half-Pipe
A modalidade vertical é praticada em uma pista com curvas (transições), com 3,40m ou mais de altura, três metros de raio e quarenta centímetros de verticalização, geralmente possuem extensões. A pista, que apresenta a forma de U, é chamada de half-pipe e pode ser feita de madeira ou concreto. O conceituado skatista Tony Hawkficou famoso por suas grandes habilidades nos half-pipes. Tornou-se o que é graças à sua mãe que comprava batatas fritas para ele sobreviver nos treinos da sua escolinha de skate, onde começou a praticar o esporte aos 3 anos de idade. Aos 6 anos já tinha o patrocínio da VolcomVansElement,entre outras. Nessa idade já fazia flips e grinds pela cidade, onde se machucava muito. Um desses machucados, conseqüente de um flip "mal chutado", afastou-o do esporte durante um ano, pois ele quebrou sua perna direita e ralou todo o joelho esquerdo, o que demorou muito para curar.

Downhill Slide









Downhill longboard.
Modalidade onde o atleta desce uma ladeira fazendo manobras em alta velocidade. Como muitos devem saber, um dos inventores do downhill-slide foi Clifford Coleman, um californiano de Berkeley que hoje tem 54 anos e continua praticando e muito o downhill-slide. Ele e seus amigos de sessão começaram a criar a arte de deslizar (Slide) por volta de 1965, mas somente em 1975 é que se encontraram num evento e puderam compartilhar suas experiências vividas nestes 10 anos e exibiram os primeiros slides em pé (Stand-up) de que se tem notícia. Com o passar dos anos, Cliff começou a desenvolver outro tipo de Slide, o Slide de mão, agachado, o qual poderia ser executado em velocidades maiores proporcionando uma maior segurança no Downhill, visto que este slide poderia ser utilizado como uma espécie de freio na descida de ladeiras maiores e/ou mais íngremes. Desenvolvendo a habilidade dos skaters de descer ladeiras cada vez maiores e mais rápidas (naquela época).Na atualidade, os melhores skatistas nesta modalidade estão no Brasil. Com destaque ao tri campeão mundial Sérgio Yuppie.

fonte: wikipedia/revista 100% skate.






suicidal tendencies - possessed to skate 
Cristiano Maffra

sábado, 13 de agosto de 2011

As Lesões Esportivas e a Psicologia do Esporte

nota do editor:  Estou muito feliz com uma nova "escritora "  e parceira escrevendo junto comigo aqui neste blog que eu a um tempo atrás iniciei. São muitos acessos, muitos contatos, muita gente que conheci e conheço graças à ele. Daniela é minha amiga e nova colaboradora do blog deste post em diante. Psicóloga do Esporte, trará para vocês leitores do H & F Support temas referentes aos fatores psicológicos relacionados com a prática esportiva e esporte de alto desempenho. Alêm de opinar, escrever e palpitar sobre o que bem intender aqui no blog... Que agora passa a ser dela tambêm.  Seja bem vinda Dani e espero que vocês leitores apreciem (com ou sem moderação !), gostem, opinem e questionem... Eu já fiz tudo isso !



Por Daniela Arroyo Esquivel




As principais causas de lesões no esporte em geral ocorrem devido a fatores físicos, como desequilíbrios musculares, traumas ortopédicos, treinamento excessivo e fadiga física. Contudo os fatores psicológicos parecem desempenhar um papel importante nessa área.

Características de personalidade, níveis de estresse e certos tipos de comportamentos e atitudes predisponentes foram identificados como antecedentes psicológicos à lesões esportivas.

Em geral atletas e praticantes do esporte quando lesionados apresentam diversas reações psicológicas, e que podem ser enquadradas em três categorias:

1) Processamento de informação relevante à lesão: a dor em si, consciência da extensão da lesão, reconhece as conseqüências negativas ou a inconveniência;

2) Revolução emocional ou comportamento reativo: percebendo que está lesado poderá experimentar emoções oscilantes, sentir medo, descrença, negação ou pena de si mesmo.

3) Perspectiva positiva e controle: aceita e passa a lidar com a lesão. Passa a apresentar atitudes mais otimistas e começar a se sentir aliviado ao perceber progressos em seu tratamento.

Outras reações psicológicas podemos encontrar: perda da identidade (quando não podem mais praticar seu esporte e não se reconhece mais); medo; ansiedade; falta de confiança; diminuição do desempenho devido a baixa auto-confiança e auto-estima.

As reações acima mencionadas são esperadas para qualquer esportista, contudo podem ocorrer sinais de uma má adaptação à lesão. Estes sinais precisam ser identificados e posteriormente tratados por especialistas, pois podem desenvolver dificuldades e problemas emocionais graves. São eles: sentimentos de raiva e confusão; obsessão com a questão de quando poderá voltar a se exercita; negação afirmando por exemplo que “a lesão não é grande coisa”; “re-lesionamento” - quando retorna muito cedo; orgulho exagerado nas realizações; insistência em queixas físicas menores; culpa por desapontar a equipe; afastamento de pessoas significativas; mudanças bruscas de humor; sentimento de impotência e frustração “não importa o esforço que faço não vou melhorar!”.

Os fatores psicológicos geralmente influenciam na incidência, nas respostas e na recuperação de lesões. Em geral o psicólogo irá atuar junto ao atleta com práticas de ensino e treinamento mental, que devem ajudar a prevenir o início de lesões, bem como o processo de controle da lesão (quando estas ocorrerem) e oferecer apoio psicológico para facilitar sua recuperação.

As bases psicológicas da reabilitação de lesões devem incluir um contato pessoal e individual com o esportista lesionado, onde deverá ocorrer uma instrução sobre o motivo/causa de sua lesão e de todo o processo de recuperação. O atleta deverá estar sempre a par de toda a verdade sobre seu problema. Isso deverá ser feito por todos os profissionais da saúde envolvidos em sua recuperação (médicos, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas). No caso do psicólogo, a partir deste momento, ele irá ensinar ao atleta técnicas psicológicas específicas de controle, como o estabelecimento de metas, técnicas de relaxamento e mentalizações (isso inclui por ex., técnicas motivacionais, de autoconfiança, de concentração, de redução da ansiedade entre outras), visando prepará-lo para lidar com os avanços e possíveis retrocessos no processo da reabilitação. É muito importante também neste momento incentivar o apoio emocional que pode ser promovido pelos familiares, amigos, e pelos próprios treinadores, para que o atleta não se sinta só e não desanime em sua recuperação.

Abaixo algumas recomendações feitas por esquiadores profissionais, (membros de uma equipe de esqui norte-americana que sofreram lesões no final da temporada), para atletas lesionados:

1) Interprete corretamente os sinais e o ritmo de seu corpo;

2) Aceite e lide positivamente com a situação;

3) Concentre-se em treinamento de qualidade;

4) Respeite seus limites e estabeleça metas palpáveis;

5) Procure e use todos os recursos médicos disponíveis e procure por aqueles com quem sinta empatia e confiança;

6) Treine habilidades mentais – autocontrole, autoconfiança, motivação;

7) Inicie/mantenha uma atmosfera de envolvimento competitivo.





Daniela Arroyo Esquivel – Psicóloga – CRP. 06/64.284

-Especialista em Psicologia do Esporte pela Associação Paulista de Psicologia do Esporte

-Mestre e Doutoranda em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)



Referências bibliográficas:

Becker Jr, B.; Samulski, D. Manual do Treinamento Psicológico para o Esporte. Feevale, 1998.

Becker Jr, B Manual de Psicologia do Esporte e do Exercício, Feevale, 1999.

Becker Jr, B Manual de Psicologia aplicada à Criança no Esporte. Feevale, 2000.

Cozac, J R L Psicologia do Esporte: Clínica, alta performance e atividade física. São Paulo: Annablume, 2004.

Franco, G. S. Psicologia no Esporte e na Atividade Física. Manole, 2000.

Weinberg, R,; Gould, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. São Paulo: Artmed, 2001.